Para nós era o Maria Amália, mas no tempo da minha filha A. nem isso, passou a "O Maria".Creio que o actual nome é Escola Secundária de Maria Amália Vaz de Carvalho. Por causa dele após fazer a Admissão ao Liceu (foto abaixo), estive 2 anos ainda em Benfica no mesmo colégio , fui de armas e bagagens para nova casa na rua do liceu, dois quarteirões abaixo, onde vivi 54 anos.Tinha 12 anos na altura e foi uma grande mudança na minha vida.
Ali era a cidade pura e crua, Benfica na altura era zona de moradias, campos e jardins, embora onde eu fui morar tinha o Parque Eduardo VII, e o Jardim das Amoreiras a igual distância, mas não era a mesma coisa.A própria casa era diferente , era um andar alugado, deixei de ter quintal e terraço a jeito, ganhei 8 assoalhadas, que muito jeito me deram quando mais tarde tive os meus 6 filhos e netos. Noutra mensagem falarei sobre esta casa, pois pretendo centrar esta sobre as minhas impressões sobre o Liceu e algumas professoras,particularmente sobre a então Vice-Reitora Drª Armanda Bastos, minha professora de Inglês no antigo 3ºano e de Alemão no 6º e no 7ºano da área de Letras.E o mais curioso de tudo é que há tempos ao ler uma entrevista feita à Drª Maria Cavaco Silva, soube que ela andara no Maria Amália e tenho quase a certeza, pela descrição e elogios que ela fez à sua professora de Inglês que foi aluna também desta extraordinária professora.
Recentemente verifiquei que ela é um ano mais velha que eu, o que coincide com a prática desta professora - um ano começava com os alunos o Inglês, no outro com o Alemão.Assim eu no 6º tive-a em Alemão e a DrªMaria Cavaco Silva que nessa altura estaria no 7º teve-a em Inglês.Infelizmente para mim depois de a ter na Turma A no 3ºano em Inglês, por qualquer razão que desconheço passei a ter outra no 4º e no 5º que era péssima, não de feitio mas na competência.Valeu-me ter tido Inglês desde os 4 anos pois dispensei no Exame Final com 16 valores. A propósito , no meu tempo as professoras eram Srª Donas e não Drªfulana de tal ou "Sotôras" como hoje.
Ali era a cidade pura e crua, Benfica na altura era zona de moradias, campos e jardins, embora onde eu fui morar tinha o Parque Eduardo VII, e o Jardim das Amoreiras a igual distância, mas não era a mesma coisa.A própria casa era diferente , era um andar alugado, deixei de ter quintal e terraço a jeito, ganhei 8 assoalhadas, que muito jeito me deram quando mais tarde tive os meus 6 filhos e netos. Noutra mensagem falarei sobre esta casa, pois pretendo centrar esta sobre as minhas impressões sobre o Liceu e algumas professoras,particularmente sobre a então Vice-Reitora Drª Armanda Bastos, minha professora de Inglês no antigo 3ºano e de Alemão no 6º e no 7ºano da área de Letras.E o mais curioso de tudo é que há tempos ao ler uma entrevista feita à Drª Maria Cavaco Silva, soube que ela andara no Maria Amália e tenho quase a certeza, pela descrição e elogios que ela fez à sua professora de Inglês que foi aluna também desta extraordinária professora.
Recentemente verifiquei que ela é um ano mais velha que eu, o que coincide com a prática desta professora - um ano começava com os alunos o Inglês, no outro com o Alemão.Assim eu no 6º tive-a em Alemão e a DrªMaria Cavaco Silva que nessa altura estaria no 7º teve-a em Inglês.Infelizmente para mim depois de a ter na Turma A no 3ºano em Inglês, por qualquer razão que desconheço passei a ter outra no 4º e no 5º que era péssima, não de feitio mas na competência.Valeu-me ter tido Inglês desde os 4 anos pois dispensei no Exame Final com 16 valores. A propósito , no meu tempo as professoras eram Srª Donas e não Drªfulana de tal ou "Sotôras" como hoje.
Já no seu tempo destacava-se das outras professoras-vestia roupa justa e vistosa, pintava-se e deixava um rasto inconfundível pelos corredores a perfume de marca, mais flagrante quando a Reitora era o oposto, parecendo mais velha do que era, fatos compridos, antiquados e sem gosto, cabelo grisalho,católica "muito praticante".Só os filhos dela entravam no Liceu, mas eram tão devotos como ela.
A.D.Armanda jogava limpo-avisou-nos logo de início que a tarefa até ao fim do 7ºano e admissão à Faculdade de Letras era árdua, melhor muito árdua e que ela ia agir em conformidade.
Ao contrário do Inglês, nunca tinhamos tido alemão no curriculum e teríamos que em 2 anos aprender uma língua muito difícil e estarmos preparadas para entrar num Curso "Filologia Germânica "em que as 2 línguas,inglês e alemão estariam em pé de igualdade e seriam "taken for granted " i.e. os assistentes iriam exigir conhecimentos mais avançados do que o programa do liceu.
Quem estivesse disposto a alinhar, óptimo senão não contassem com ela.
O alinhar foram 5 aulas por semana, em que escrevíamos no caderno o vocabulário e verbos usando transcrição fonética e utilisando canetas azuis e vermelhas.Uma vez por semana compilávamos um caderno de gramática inteiramente concebido por ela, nos mesmos termos .Tínhamos além disso provas escritas todas as semanas.
Ainda hoje guardo religiosamente esta dúzia de cadernos a azul e vermelho de tal modo formidáveis, que ao dar Cursos de Alemão na ULTI(Universidade de 3ªIdade) me servi dele e utilizei o seu método
Claro que na altura maldizíamos a nossa sorte, mas para avaliarem o que trabalhámos com esta professora fora de série, mesmo as que chumbaram , no exame final tiraram notas na ordem dos 13 valores e outras como eu dispensámos do exame de admissão à Faculdade(mínimo média de 16 valores).
Lá dentro,já no 1ºano, sempre marcámos a diferença, pelos conhecimentos que todas levávamos, ao contrário de outras alunas doutros Liceus, já que os assistentes eram alemães contratados e muito exigentes.A fama desta professora chegava pois até à Faculdade.
Mas nem todas eram como esta,razão porque nem do nome delas me lembro, excepto outras duas óptimas, a de Literatura Portuguesa-Drª Henriqueta Viana no 6º e 7º anos e a de Fisico-Químicas,Drª Aurora Januário, essa até ao 5ºano.Eu não era particularmente aplicada durante o ano, mas excedia-me nos exames dispensei a Ciências e consegui a mesma média em Letras, pelo que oscilei muito na altura sobre que área escolher.Optei por Letras(hoje Humanidades),mas gostaria de ter seguido Química ou Belas Artes.Foi a minha filha mais velha que seguiu Química sendo hoje professora doutorada na Faculdade de Ciências.As voltas que o mundo dá !
Lembro-me igualmente das professoras Maria de Lurdes Modesto de Culinária e a de Dança Rítmica Soso Dukas Schau ,grega casada com o meu professor de Alemão na Faculdade e amiga do meu pai.
Hoje o Liceu só tem os últimos anos, mas não deixo de pensar,atendendo que os filhos do Dr.Jorge Sampaio lá andaram,(ele tem a minha idade e era Presidente da RIA(Reu.InterAssociações) na altura em que eu estava em Letras e que a Drª Maria Cavaco Silva também andou lá e também ensinava na Católica , que estas Altas Individualidades deviam propor o descerramento no Liceu de uma lápide em homenagem a esta professora , certamente já falecida, que levou a sua missão de educadora ao seu expoente máximo.
A.D.Armanda jogava limpo-avisou-nos logo de início que a tarefa até ao fim do 7ºano e admissão à Faculdade de Letras era árdua, melhor muito árdua e que ela ia agir em conformidade.
Ao contrário do Inglês, nunca tinhamos tido alemão no curriculum e teríamos que em 2 anos aprender uma língua muito difícil e estarmos preparadas para entrar num Curso "Filologia Germânica "em que as 2 línguas,inglês e alemão estariam em pé de igualdade e seriam "taken for granted " i.e. os assistentes iriam exigir conhecimentos mais avançados do que o programa do liceu.
Quem estivesse disposto a alinhar, óptimo senão não contassem com ela.
O alinhar foram 5 aulas por semana, em que escrevíamos no caderno o vocabulário e verbos usando transcrição fonética e utilisando canetas azuis e vermelhas.Uma vez por semana compilávamos um caderno de gramática inteiramente concebido por ela, nos mesmos termos .Tínhamos além disso provas escritas todas as semanas.
Ainda hoje guardo religiosamente esta dúzia de cadernos a azul e vermelho de tal modo formidáveis, que ao dar Cursos de Alemão na ULTI(Universidade de 3ªIdade) me servi dele e utilizei o seu método
Claro que na altura maldizíamos a nossa sorte, mas para avaliarem o que trabalhámos com esta professora fora de série, mesmo as que chumbaram , no exame final tiraram notas na ordem dos 13 valores e outras como eu dispensámos do exame de admissão à Faculdade(mínimo média de 16 valores).
Lá dentro,já no 1ºano, sempre marcámos a diferença, pelos conhecimentos que todas levávamos, ao contrário de outras alunas doutros Liceus, já que os assistentes eram alemães contratados e muito exigentes.A fama desta professora chegava pois até à Faculdade.
Mas nem todas eram como esta,razão porque nem do nome delas me lembro, excepto outras duas óptimas, a de Literatura Portuguesa-Drª Henriqueta Viana no 6º e 7º anos e a de Fisico-Químicas,Drª Aurora Januário, essa até ao 5ºano.Eu não era particularmente aplicada durante o ano, mas excedia-me nos exames dispensei a Ciências e consegui a mesma média em Letras, pelo que oscilei muito na altura sobre que área escolher.Optei por Letras(hoje Humanidades),mas gostaria de ter seguido Química ou Belas Artes.Foi a minha filha mais velha que seguiu Química sendo hoje professora doutorada na Faculdade de Ciências.As voltas que o mundo dá !
Lembro-me igualmente das professoras Maria de Lurdes Modesto de Culinária e a de Dança Rítmica Soso Dukas Schau ,grega casada com o meu professor de Alemão na Faculdade e amiga do meu pai.
Hoje o Liceu só tem os últimos anos, mas não deixo de pensar,atendendo que os filhos do Dr.Jorge Sampaio lá andaram,(ele tem a minha idade e era Presidente da RIA(Reu.InterAssociações) na altura em que eu estava em Letras e que a Drª Maria Cavaco Silva também andou lá e também ensinava na Católica , que estas Altas Individualidades deviam propor o descerramento no Liceu de uma lápide em homenagem a esta professora , certamente já falecida, que levou a sua missão de educadora ao seu expoente máximo.
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