Completei 70 anos no passado dia 21, Sábado de Carnaval.
Nasci numa Terça de Carnaval mas nem por isso gosto desta época, talvez porque nunca gostei de dar nas vistas, o que não quer dizer que nunca me tenha mascarado.Para além das habituais máscaras de criança, vesti-me de minhota, com um belo fato verde a preceito num baile do Casino de Estoril e de Cleópatra num chamado "Assalto" na casa duns amigos, tudo isto nos meus 20 e tal anos.
A Festa do meu aniversário foi em casa da minha filha mais nova e juntei 4 filhas mais a 5ª através da Net a partir da Alemanha.O meu filho como habitual nem sequer se lembrou da data.
Dos 7 netos estiveram os 3 das filhas mais novas, a minha mãe,os meus genros e a avó e bisavós do meu neto mais novo.
Vi que se esmeraram por ter petiscos e bolos do meu agrado, especial mente a mais nova que cedeu a casa, mas tenho que confessar que saí de lá algo triste e preocupada.
Apercebi-me finalmente do falado "generation gap".Se por um lado fiquei feliz por ver a harmonia e amizade profunda entre as minhas filhas, verifiquei que a tendência é deixarem-me de fora das conversas intelectuais como eu já não estivesse ao nível delas - o que não será o caso.E é tanto mais injusto porque com diz a minha neta mais velha eu fujo ao figurino das mulheres da minha idade.
Não por snobismo mas por interesses completamente diversos, já que eu gosto da Net, cinema ,artes e movimento-me bem nas novas tecnologias sinto-me como peixe fora de água com pessoas da minha faixa etária e mesmo um pouco mais novas.
Eu sei que o problema é meu e não dos outros, mas a verdade é que esta minha singularidade de gostos me levou a preferir desde muito jovem a solidão e me entreter com os meus hobbies.
É -me pois muito difícil de aceitar que filhas minhas, que eu julgaria capazes de me aceitar como sou, façam juízos negativos das minhas actividades - género -os teus hobbies de pintura, de coleccionismo( no caso presente filmes e documentários em DVD) são desnecessários, não apreciamos(querendo dizer-quando morreres vai tudo para o lixo), como eu os fizesse para o "Enxoval" delas e não me fosse permitido realizar-me com elas.
Claro que há excepções que equilibram a balança, sempre essa minha filha perfeita no feitio, equilíbrio, bondade, essa sempre se mostrou agradada com a mãe que tem, e felizmente passou esse equilíbrio à sua filha, minha neta ,com quem tenho uma relação de admiração mútua, para não falar nos meus netos mais pequenos.
Creio que a ponte está aí, pois tem orgulho de terem uma avó diferente e dão-me muito afecto.
Não sou pessoa de me dar por vencida e por isso tenho esperança de um melhor entendimento e que as que me tratam como "idosa" ponham a mão na consciência e se recordem como chegaram à enorme cultura geral que todas tem.Não havia net nem Google mas tinham sempre resposta para as suas dúvidas e raramente precisavam de ir à Biblioteca.Faço o mesmo agora aos netos, não desarmo com os porquês do Lou.Eu mesma tive muitos respondidos pelo meu pai.
Sei o que é movimentar-nos durante anos em ambientes intelectuais e os perigos de arrogância perante os que sabem menos.O que para nós é canja" não o é necessariamente para os outros.Atenção queridas S. e L.baixem à terra, vocês foram bafejadas com inteligência,background,instrução, mas a S.também, só que ela levou muito mais pancada da vida do que vocês e ganhou essa sabedoria de vida que a caracteriza.
Nasci numa Terça de Carnaval mas nem por isso gosto desta época, talvez porque nunca gostei de dar nas vistas, o que não quer dizer que nunca me tenha mascarado.Para além das habituais máscaras de criança, vesti-me de minhota, com um belo fato verde a preceito num baile do Casino de Estoril e de Cleópatra num chamado "Assalto" na casa duns amigos, tudo isto nos meus 20 e tal anos.
A Festa do meu aniversário foi em casa da minha filha mais nova e juntei 4 filhas mais a 5ª através da Net a partir da Alemanha.O meu filho como habitual nem sequer se lembrou da data.
Dos 7 netos estiveram os 3 das filhas mais novas, a minha mãe,os meus genros e a avó e bisavós do meu neto mais novo.
Vi que se esmeraram por ter petiscos e bolos do meu agrado, especial mente a mais nova que cedeu a casa, mas tenho que confessar que saí de lá algo triste e preocupada.
Apercebi-me finalmente do falado "generation gap".Se por um lado fiquei feliz por ver a harmonia e amizade profunda entre as minhas filhas, verifiquei que a tendência é deixarem-me de fora das conversas intelectuais como eu já não estivesse ao nível delas - o que não será o caso.E é tanto mais injusto porque com diz a minha neta mais velha eu fujo ao figurino das mulheres da minha idade.
Não por snobismo mas por interesses completamente diversos, já que eu gosto da Net, cinema ,artes e movimento-me bem nas novas tecnologias sinto-me como peixe fora de água com pessoas da minha faixa etária e mesmo um pouco mais novas.
Eu sei que o problema é meu e não dos outros, mas a verdade é que esta minha singularidade de gostos me levou a preferir desde muito jovem a solidão e me entreter com os meus hobbies.
É -me pois muito difícil de aceitar que filhas minhas, que eu julgaria capazes de me aceitar como sou, façam juízos negativos das minhas actividades - género -os teus hobbies de pintura, de coleccionismo( no caso presente filmes e documentários em DVD) são desnecessários, não apreciamos(querendo dizer-quando morreres vai tudo para o lixo), como eu os fizesse para o "Enxoval" delas e não me fosse permitido realizar-me com elas.
Claro que há excepções que equilibram a balança, sempre essa minha filha perfeita no feitio, equilíbrio, bondade, essa sempre se mostrou agradada com a mãe que tem, e felizmente passou esse equilíbrio à sua filha, minha neta ,com quem tenho uma relação de admiração mútua, para não falar nos meus netos mais pequenos.
Creio que a ponte está aí, pois tem orgulho de terem uma avó diferente e dão-me muito afecto.
Não sou pessoa de me dar por vencida e por isso tenho esperança de um melhor entendimento e que as que me tratam como "idosa" ponham a mão na consciência e se recordem como chegaram à enorme cultura geral que todas tem.Não havia net nem Google mas tinham sempre resposta para as suas dúvidas e raramente precisavam de ir à Biblioteca.Faço o mesmo agora aos netos, não desarmo com os porquês do Lou.Eu mesma tive muitos respondidos pelo meu pai.
Sei o que é movimentar-nos durante anos em ambientes intelectuais e os perigos de arrogância perante os que sabem menos.O que para nós é canja" não o é necessariamente para os outros.Atenção queridas S. e L.baixem à terra, vocês foram bafejadas com inteligência,background,instrução, mas a S.também, só que ela levou muito mais pancada da vida do que vocês e ganhou essa sabedoria de vida que a caracteriza.
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